18 de novembro de 2012

A identidade da Igreja

Qual é sua igreja? Que ministério você pertence? Qual seu pastor? Quando um crente se encontra com outro são essas as perguntas que surgem logo de imediato. A igreja em Corinto passou por uma situação semelhante: "Pois a vosso respeito, meus irmãos, fui informado, pelos da casa de Cloe, que há contendas entre vós. Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu , de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo. Acaso Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vós ou fostes, porventura, batizados em nome de Paulo?" (1Corintíos 1:11-13)  A Igreja tem sofrido um grande problema de identidade, e isso tem causado partidarismos entre os filhos de Deus. Assim como Paulo lembrou aos irmãos corintíos quem eles eram e a quem pertenciam ("Paulo, chamado pela vontade de Deus para ser apóstolo de Jesus Cristo, e o irmão Sóstenes, à Igreja de Deus que está em Corinto..." vs 1-2), também nós precisamos perceber que apesar de toda a divisão existente na Igreja, pertencemos a Deus e fomos chamados por Ele para ser santos. Amados, pertencemos a Deus, não a um grupo cristão ou a alguém.
A Igreja é o recipiente para levar a Palavra e o testemunho de Cristo: "...porque, em tudo, fostes enriquecidos Nele em toda a palavra e em todo o conhecimento; assim como o testemunho de Cristo tem sido confirmado em vós..." (vs 5-6). Precisamos nos importar com o testemunho de Cristo, e usar as riquezas (a Palavra e o conhecimento) que Deus nos deu. Deus dá à Igreja tudo o que ela precisa: "...de maneira que não vos falte nenhum dom, aguardando vós a revelação de Nosso Senhor Jesus Cristo..." Que o Senhor nos confirme até o fim e nos encontre irrepreensíveis no Dia da Sua vinda!

29 de outubro de 2012

              Vários membros, um só Corpo.
Acredito que Deus age de diferentes maneiras, sim, mas nunca sob
um princípio diferente. Como estou escrevendo sobre igreja, não há como
deixar de mencionar a verdade bíblica no que se refere às obras da mesma.
E aproveitando, quero garantir-lhe que na terra você jamais será parte ou
membro da igreja perfeita, pois aqui, neste mundo, a igreja do Senhor é
formada por homens imperfeitos que se esforçam para alcançar a perfeição
em Cristo.Ela, a igreja, ou ele, o corpo, não é formado(a) por uma só pessoa,
mas por vários membros espalhados por todo o mundo onde Jesus é o cabeça.
A igreja não é e não deve ser uma organização, ela é definitivamente
um organismo. A igreja deveria ser simplesmente igreja e jamais uma
“empreza”. Por esta razão é que se deve entender claramente que os vários
grupos que se reúnem como igreja, ainda que com diferentes expressões se
tratando de obras em prol do Reino de Deus, são parte deste Corpo e estão
exercendo uma função específica, mesmo que percorrendo caminhos
diferentes. Penso que esta diversidade de denominações só existem porque
em algum momento alguém ouviu Deus e sentiu-se profundamente
constrangido a corresponder com a direção que lhe foi dada. Sendo assim,
não cabe a nós julgarmos suas intenções, mas temos todo o direito de não
comungarmos com suas ações quando estas se apresentam incompatíveis
com os padrões bíblicos.( A Igreja de casa em casa. Luciano Silva).

24 de outubro de 2012

     A Igreja e o Reino

Sabemos que o Senhor Jesus edificará Sua igreja e que Ele tem um reino? Temos uma visão clara da igreja e do reino? Ainda mais basicamente, sabemos que há um reino? Se estivermos realmente buscando o Senhor, devemos nos fazer estas perguntas e, acimade tudo, pedir ao Senhor para revelar Sua igreja e Seu reino ao nosso coração.Infelizmente, hoje há uma falta de visão da igreja e do reino. Alguns vêem a igreja como um prédio, e a visão de outros é como uma organização, uma instituição cristã com formas de adoração, credos, rituais e cerimônias. Esta é a visão do homem, mas o Senhor Jesus tem um conceito muito diferente de Sua igreja – para Ele não é uma organização com homens como cabeça, mas é um organismo de pedras vivas, pessoas que O confessam como o Cristo e O reconhecem como o Cabeça da igreja. Stephen Kaung.

12 de outubro de 2012

                                                 RECEBER OS CRENTES
As divisões no Cristianismo tem dificultado a comunhão entre os crentes em geral. A falta de amor tem crescido em nosso meio e muitos tem deixado-se levar por todo vento de doutrina. E isso tem trazido muitas divergências no meio cristão. Qual deve ser nossa atitude diante de tanta confusão? Vejamos como Paulo tratou com isso em Romanos 14:1 "Acolhei o que é débil na fé, não, p...

orém, para discutir opiniões." A razão pela qual há tantas discussões no meio cristão é a falta de maturidade espiritual (1Co 3:1-9). Amar é acolher e receber sem restrições (2Co 6:11-13).
O problema das divisões não está nas placas, nos templos, nas formas de reunir, mas em nossos corações. Como não amar aqueles a quem o Senhor ama? Precisamos amar como o Senhor ama, sem restrições, porque em Cristo somos todos um (Gl 3:28).

17 de abril de 2012

                           EM CRISTO NÃO HÁ PAREDE DE SEPARAÇÃO

Em sua epístola aos efésios, o apóstolo Paulo menciona que havia uma parede de separação entre judeus e não-judeus. Os judeus eram aquele povo para os quais se destinavam as promessas de Deus. Os gentios ou não-judeus, eram o povo considerado imundo pelos judeus. Mas, no capítulo 2 de efésios é nos revelado algo maravilhoso. Ali o apóstolo explica que algo destruiu essa parede de separação tão grande que havia entre esses povos:" Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo." (versículo 13) "...e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade." (versículo 16) Vemos aqui que, quando Cristo morreu na cruz, Ele acabou com toda separação existente, ou seja, não importa mais se alguém é judeu ou não-judeu. Uma vez que uma pessoa crê no Senhor Jesus, ela se torna membro de um só Corpo, membro de uma só família, a família de Deus! Há uma situação muito triste no meio do povo de Deus, hoje. Por vezes, nos deparamos com cristãos discutindo entre si sobre qual a "melhor doutrina, a melhor igreja, a forma certa de se congregrar, etc." Essas questões só tem levado o povo de Deus a criar muros e mais muros, paredes e mais paredes que os separam um do outro. E essa separação não é geográfica ou apenas de grupo congregacional, e sim a maior e mais forte separação que pode haver: a do coração. Não há barreira mais alta do que aquela que se cria dentro do coração. Se Cristo já derribou uma parede de separação, por que criaríamos nós outras tantas? Se conseguirmos enxergar o que Cristo fez na cruz, não olharemos mais para os demais irmãos de uma forma diferente, só porque eles não se congregam conosco ou porque não tem as mesmas doutrinas que o nosso grupo. Antes, veremos que são todos parte de um mesmo Corpo, que todos têm o mesmo Espírito."... porque, por Ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito." ( versículo 18) Portanto, lembremo-nos sempre que, se alguém creu em Cristo, tal pessoa é nosso irmão, e como tal, os nossos olhos precisam vê-lo assim como Deus, o Nosso Pai, vê. "Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus."( versículo 19).
           Uma nova visão da Igreja como família
                        De Frank Viola
                      Editora restauração
                                             
Há algumas perguntas que todo cristão deveria fazer para si mesmo: 
“Como está caminhando minha família em relação às coisas de Deus? Ser cristão no meio dos irmãos é muito fácil, mas em casa, o que somos? Nossa família é um testemunho vivo de Cristo?Tenho me preocupado com o crescimento dos meus familiares em Cristo Jesus?”Todas estas questões parecem estar passando desapercebidas pela grande maioria dos cristãos de hoje. Muitas vezes vemos irmãos amados e fieis ao Senhor terem problemas em seus lares porque muito certamente se esqueceram de que o exercício da vida cristã autêntica começa em casa.O que temos visto nas igrejas de hoje são famílias inteiras freqüentando reuniões após reuniões,sendo que em casa se comportam como se fossem cristãos apenas na hora das reuniões.Há uma crença entre os cristãos de que, já que estão no meio dos irmãos e participam de uma “igreja”,todo o resto está resolvido. Deixam para o “pastor” a direção e amadurecimento espiritual da sua família e se esquecem completamente de que Deus colocou a eles mesmos para cuidarem primeiramente dos “domésticos da fé” (Gl 6:10). É muito fácil de entender o porque desta falta de cuidado no meio cristão de hoje,quando olhamos para a quantidade de pessoas que as “igrejas” buscam agregar a elas, sem se importar se isso é ou não saudável. Quanto maior for a quantidade de pessoas juntas, mais fácil para se estar “escondido”. Muitos são os cristãos que se escondem no meio da multidão para não serem notados e com isso não serem tratados ou cuidados. É chegado o tempo de se rever esta situação. Será que toda a igreja do Senhor em uma cidade precisa se reunir em um mesmo lugar? Será que todos os cristãos de uma localidade precisam estar juntos? Como isso poderia acontecer em uma cidade com centenas de milhares e até milhões de habitantes? Não seria mais razoável que os cristãos começassem a rever essa idéia de grandes “igrejas”?. A verdade é que, das famílias que pude conhecer até hoje,nunca encontrei uma que habitando em uma mesma casa fosse muito maior do que uma dezena de pessoas.Quando somos despertados para a visão de que a igreja do Senhor além de ser Seu corpo é também Sua família,então começamos a mudar nossa formatradicional de considerar-la. Passamos a ver a necessidade de nospreocuparmos em ser Sua igreja primeiramente em nossa casa com nossa família, para depois termos a prática correta da verdadeiraigreja do Senhor. A igreja como família de Deus,sem sombra de dúvida, é avisão que o Senhor quer nos dar nos últimos dias desta era. Todos os sistemas, sejam denominacionais ou não denominacionais, que pretendem ser “igreja” estão contaminados com os ensinamentos errados adotados pelos antepassados.Todas as práticas visíveis da “igreja” de nossos dias estão corrompidas pelo passado. É por isso que precisamos voltar à origem da verdadeira igreja, como o Senhor a concebeu em Seu coração – uma família. Nossa oração é para que o Senhor desperte mais e mais cristãos em toda a terra para perceberem esta verdade. Nossa família é a igreja que precisa ser conduzida à maturidade em Cristo Jesus. Esta tarefa foi deixada a cada um dos cristãos e não aos profissionais da fé, como são conhecidos os pastores de nossos dias.Que o Espírito Santo, através deste escrito do irmão Viola possa despertar muitos corações para a prática da igreja do Senhor como uma família. Amém.

4 de abril de 2012



                                          O PONTO DE VISTA DE DEUS
Para viver e trabalhar em harmonia com os pensamentos de Deus, precisamos
antes ver as coisas do Seu ponto de vista. Qual é este ponto de vista? É este: quando Deus
olha para baixo, do céu, Ele não vê milhares de "corpos de Cristo". Ele vê apenas o Seu
único corpo. A Bíblia afirma especificamente que
"...há somente um corpo e um Espírito, como
também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só
fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e
está em todos" (Ef 4:4-6). Há realmente uma única Igreja. Este é o ponto de vista de Deus.
Enquanto nós, do nosso ponto de vista terreno, podemos ver as muitas divisões,
"igrejas", denominações, seitas etc., que dividem o corpo, na realidade ele é somente um.
Sem dúvida, Deus concebe que esses diversos segmentos existem. Ele deve estar ciente
deles. Entretanto, quando olha para a Terra, Deus vê somente uma Igreja, uma Noiva.
Portanto, para trabalhar em harmonia com Ele, precisamos adotar o Seu ponto de vista.
Também precisamos começar a ver a Igreja como uma só.
À medida que caminha com Ele, você deve notar que Deus, embora esteja ciente das
divisões dentro de Seu corpo, visita cada uma de suas partes. Ele ama cada um de seus
membros, ama todos eles. Ele ministra a cada grupo, igreja e denominação. Seu cuidado
amoroso, Sua abundante graça, Seu poder para libertar e curar e Sua obra de santificação
estão disponíveis para todos, sem exceção.
Realmente, quase todo grupo de crentes verdadeiros - não importa qual seja a
posição doutrinária deles, os costumes, as práticas ou ênfases tradicionais - experimenta
a presença de Deus de um modo ou de outro. Portanto, podemos perceber que nosso
Senhor visita e compartilha de Si mesmo em qualquer grupo de cristãos abertos a Ele e
prontos a receber Dele. Ele não é limitado por divisões; não é interrompido por muros
doutrinários; não é impedido por práticas peculiares. Ao contrário, Seu amor O compele
a ministrar a todos, usando qualquer abertura disponível.
Não há dúvida de que essas divisões O aborrecem. É bem provável que Ele desejasse
que as coisas fossem diferentes. É certo que tais facções são contrárias à Sua vontade
manifesta. Entretanto, à Sua maneira humilde, Jesus visita e compartilha de Si mesmo com
cada pequena parte do corpo de Cristo.
Vamos considerar isso muito cuidadosamente. Já que nosso Senhor se comporta desse
modo, como é que devemos nos conduzir? Somos melhores do que Ele? Somos mais santos
do que o Espírito Santo? Podemos nos separar dos outros porque eles são causadores de
divisão? Temos a permissão Dele para sermos mais discriminadores, ao decidir a quem
iremos ministrar, ou não; com quem teremos, ou não, comunhão? Certamente a resposta
para isso deve ser "NÃO".
Portanto, precisamos adotar a perspectiva de Deus quando tomamos a iniciativa de
trabalhar com Ele na construção de Sua Noiva e de Sua Igreja. Os outros podem ter suas
divisões, no entanto nós não devemos ter nenhuma. Alguns podem ter seus muros e
barreiras, mas para nós isso não deve existir. Muitos podem se isolar do resto do corpo,
criticando os outros e sentindo-se superiores por causa de seus entendimentos, suas lideranças
ou suas práticas. No entanto, para aqueles que são íntimos de Cristo, essas coisa
não deveriam impedir que eles amassem e servissem a qualquer irmão.
Hoje em dia é impossível quebrar todas as diversas barreiras de separação que
existem no corpo de Cristo. Não podemos eliminar todas as divisões. O problema é
grande e difundido demais.
Entretanto, existe um lugar onde podemos eliminar todas essas tais barreiras. Há
somente um lugar onde toda divisão pode cessar de existir - em nossos próprios
corações. Sendo cheios do amor de Deus e motivados por ele, podemos adotar o Seu
próprio ponto de vista. Podemos deixar para lá esses impedimentos criados pelo homem
e, então, quando e onde pudermos, ministrar Jesus Cristo a cada pessoa do Seu povo.
Nós, povo de Deus, somos livres. Somos livres para amar a todos. Somos livres para
receber todos, abraçar a todos, servir a todos e até mesmo nos encontrarmos com todos.
Nossa atitude para com cada membro do corpo de Cristo e até mesmo para com as
diversas reuniões de Seu povo, podem ser as mesmas atitudes de Deus. Podemos amá-los e
ministrar Cristo a eles.
Livro: Deixe Meu Povo Ir  de David W. Dyer

31 de março de 2012

O EXCLUSIVISMO


Chama-se exclusivismo a doutrina que prega ou que dá a entender que a vontade de Deus está presente exclusivamente em um grupo; que um grupo pode deter, exclusivamente, a benção e o conhecimento do Plano de Deus. O cristão seduzido por esse ensinamento acredita, no seu íntimo, que é melhor e mais abençoado que seus irmãos, e é detentor das verdades mais elevadas e da revelação mais plena do desejo de Deus para o Seu povo.

Uma pessoa exclusivista é facilmente reconhecida pela sua tendência a ensinar sempre, dar sempre, mas nunca receber, já que os demais cristãos estão em um nível inferior de conhecimento e não podem, por isso, trazer-lhe nova luz. O exclusivista não sabe o que significa comunhão, não sabe ouvir, não consegue ganhar nada de novo dos demais membros do Corpo de Cristo. Ele se fecha em si mesmo e no seu grupo. Não consegue participar de nenhuma atividade promovida pelos demais grupos. Quando fala dos outros, sempre usa o tom professoral de misericórdia com os fracos na fé.

Normalmente, os exclusivistas são pessoas soberbas, altivas e distantes. São conhecedores da Palavra de Deus, costumam entender hebraico e grego, sabem explanar mensagens com maestria, mas lhes falta poder para conduzir, por exemplo, seus filhos ou sua família ao Senhor.

Geralmente não pregam o Evangelho e quando o fazem as pessoas não se convertem. Não costuma assim a dar frutos, uma vez que o conhecimento da letra os tornou totalmente estéreis do ponto de vista espiritual. Entretanto, costuma a ganhar todas as discussões bíblicas em que se envolve.

O exclusivista tem prazer em se relacionar com outros exclusivistas do seu grupo, mas acha tendioso ter comunhão com irmãos "mais fracos" ou novos na fé. Esse tipo de cristão pode ensinar aos outros, mas ele mesmo não consegue aprender nunca o que significa misericórida e compaixão com o próximo.

É terrível a situação daqueles que caem na armadilha do exclusivismo... e não são poucos.

E nós, será que estamos sendo seduzidos pelo exclusivismo? Através da experiência, observação e comunhão dos santos, podemos afirmar que em pelo menos 8 situações estará presente o exclusivismo:

SISTEMATIZAÇÃO - Possuirmos uma forma particular de adoração: hinos, formas de reunir etc., que não aceita as demais simplesmente porque são diferentes ou, do nosso ponto de vista, não são tão espirituais (1 Co 3:3, 12:25, 2 Co 3:17, Gl 2:4, 4:26, 31, 5:1; 2 Sm 6:14, 22:20; Is 61:1). A aversão ao ritualismo religioso dos outros, por fim cria o ritualismo próprio, igualmente sectário e geralmente mais frio e impessoal, dada a “superioridade espiritual” do grupo.

SUPERIORIDADE ESPIRITUAL -Acharmos que somos mais espirituais que os demais irmãos (Pv 22:4, Sf 2:3, Cl 3:12, Tg 3:13). Ainda que tal situação fosse verdadeira, o crescimento de vida implica a humildade diante de Deus, como pequeninos em Cristo (Mc 10:14), mas alguns “inculcando-se por sábios tornaram-se loucos...” (Rm 1:22), ignorando que “...o saber ensoberbece, mas o amor edifica. Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber” (1 Co 8:1b). Por isso está escrito”destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos” (1 Co 1:19). Tal superioridade maligna apenas semeia discórdia entre os irmãos e aniquila a luz, levando tal pessoa ou grupo para as trevas da ignorância, como está escrito: “...graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelastes aos pequeninos” (Mt. 11:25), pois a soberba precede à ruína (Pv 16:18), é abominável (Am 6:8), é enganosa (Ob 3), é procedente do coração e contamina o homem (Mc 7:21-23) e será abatida por Deus (Is 13:11);

SUPERIORIDADE DOUTRINÁRIA -Acharmos que temos "as verdades" e que os "pobres irmãos que não reúnem conosco" não as possuem e por isso estão em um nível inferior tanto na doutrina quanto no crescimento de vida (Fp 2:3). A contradição surge quando se verifica que a maioria das verdades estão nas prateleiras das bibliotecas e não no bom depósito da fé (2 Tm 1:12) e, quando muito, foram apenas lidas ou entendidas, mas nunca experimentada na prática. A fé objetiva ainda não passou pelo fogo para ser provada e se tornar a preciosa fé subjetiva em nossas vidas, misturando-se com o nosso viver (1 Pe 1:6-9), produzindo assim a salvação de nossas almas e isso ocorre no dia-a-dia e não em reuniões “recheadas de verdades”. O confronto da prática diária com a superioridade doutrinária, na luz de Deus, revela apenas o engano do “falso crescimento” e do pecado de presunção;

SECUNDARIEDADE - Nos apegarmos a pontos secundários da fé, não recebendo os que também se apegam a tais pontos: batismo, falar em línguas e demais dons, negligenciando assim Romanos, cap. 14. "Sem Romanos 14, jamais poderemos ter a vida do Corpo. A maioria dos que estão falando sobre a vida do Corpo não a têm; eles apenas têm uma divisão...se quisermos ter a unidade, temos que nos tornar bastante gerais." (Peculiaridade, Generalidade e Sentido Prático da Vida da Igreja, pg. 27). Teoricamente, o grupo afirma que Cristo é o centro e nada mais importa, mas, na prática, os pontos secundários são igualmente importantes e devem ser preservados. Para constatar esse fato basta apenas tentar excluir ou não praticar qualquer um desses pontos secundários; quando fizer isso, você verá quanto forte é a reação do grupo;

BIPOLARIZAÇÃO - Tivermos sentimento bipolarizado na comunhão e tratamento, criando inconscientemente dois grupos distintos: o primeiro formado por NÓS (os que afirmam viver a unidade) e o segundo, formado pelo demais cristãos (os que não estariam “nessa” unidade). Como não é mais possível utilizar o termo NOSSA IGREJA para o primeiro grupo, este passa, sob o manto de uma falsa espiritualidade, a designar os demais filhos de Deus com pronomes e adjetivos que apenas realçam a doença oculta e sutil do sectarismo (Sl 133). Assim os dos segundo grupo são chamados de: ELES, os irmãos de denominação, os irmãos que não reúnem conosco, os que estão na religião, “os nossos amados irmãos” que estão na divisão, etc. Tal sentimento faccioso na maioria das vezes é involuntário devido à ignorância, mas quase sempre não é devidamente combatido, o que permite sua propagação e infiltração no coração dos crentes, mesmo diante das advertências da Santa Palavra (Tt 3:10, Tg 3:14, Rm 16:17, 1 Co 1:10, 11:8, 12:25). Assim como a igreja não possui sobrenome, os irmãos também. Somos apenas irmãos (Mt 23:8) nem mais, nem menos que isso, sem quaisquer qualificativos, graças a Deus (1 Co 15:10). Geralmente a unidade restaurada no início, degrada-se para a “nossa unidade”, isto é, a unidade de um determinado grupo, quando deveria ser a unidade de todos os filhos de Deus (Jo 17:21). Começam então a haver contradições e conflitos difíceis de serem solucionados, tendo em vista o fortalecimento do sentimento de igreja enquanto assembléia (um grupo de cristãos) e arrefecimento do sentimento de igreja enquanto Corpo de Cristo no aspecto local e universal;

FIDELIDADE MINISTERIAL -Seguirmos um Ministério específico, reportando-nos a tal ministério humano, seguindo cegamente suas orientações (1 Co 7:23). Tal atitude criaria o que o irmão W. Nee chama de igrejas ministeriais, que são sectárias. O mais perigoso ainda é quando tal ministério exige obediência e fidelidade. Contra essa atitude, Pedro adverte "Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por CONSTRANGIMENTO, mas ESPONTANEAMENTE, como Deus quer...nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do Rebanho" (1 Pe 5:2,3). Alguns têm utilizado versículos que falam sobre “preservar a unidade e unanimidade” como sendo fidelidade a determinado ministério. Tais ministros se esquecem que a unidade e unanimidade de que trata a Bíblia não é produto da intervenção humana, mas a constatação de uma realidade espiritual profunda: a vida que nos une! Não há nada que possa unir e manter unidas pessoas com histórias de vida tão diferentes, de diferentes culturas, classes sociais e pontos de vista, a não ser a vida divina, por isso, na oração sacerdotal, o Senhor pediu ao Pai: “a fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e eu em Ti, também sejam eles em nós”. Essa é a verdadeira unidade;

MEDO - Através da utilização descontextualizada de versículos relativos a “negar a vida da alma” (Mt 16:24), “sair da mente” (Rm 8:6), “não tocar o ungido de Deus” (1 Sm 24:10) e “respeitar as autoridades” (Rm 13:1,2) os irmãos são direcionados a não pensar, no sentido de deixarem de raciocinar, a fim de que não vejam a situação em que se encontram. Freqüentemente os irmãos que começam a questionar a situação são taxados de mentais, almáticos e divisivos e são invariavelmente induzidos a pensar que o problema são eles próprios. Mas o homem espiritual julga (analisa e decide) todas as coisas (1 Co 2:15) e não procura agradar a homens, mas a Deus (Cl 1:10; Gl 1:10; Cl 3:22; 1 Ts 2:4);

PROIBIÇÃO A QUALQUER QUESTINAMENTO– tal proibição é uma decorrência do MEDO, visto acima. O que mantém um grupo no exclusivismo e ainda prolonga sua pífia existência é uma desesperada necessidade de proibir que os irmãos questionem a situação em que se encontram. Ninguém pode pensar, refletir, buscar explicações, ler outros livros, conversar com determinados irmãos nem, muito menos, dizer aos outros que têm dúvidas quanto ao grupo.

A doutrina da infalibilidade de determinado ministro já foi utilizada na história do cristianismo em várias oportunidades. Para essa doutrina, as lideranças não devem ser questionadas porque são a voz de Deus na terra e, portanto, simplesmente são infalíveis. Contudo, em um ambiente saudável, todos são livres para expressar seus sentimentos e assim, diante da luz do Senhor, resolver suas diferenças e promover o crescimento do Corpo.

Somente um choque muito forte e muita misericórdia de Deus pode liberta alguém enredado pelo exclusivismo.

Fonte: http://www.igrejanoslares.com.br


AS IGREJAS DEVEM ESTAR DEBAIXO DE UM ÚNICO MINISTÉRIO?


Vejamos o que o irmão Watchman Nee escreveu:

"Gravemos em nosso coração que nossa obra visa ao nosso ministério, e nosso ministério visa às igrejas. Nenhuma igreja deve submeter-se a um ministério específico, mas todos os ministérios devem submeter-se à igreja. Que devastação tem sido causada na Igreja pelo fato de que seus ministros têm buscado conduzir as igrejas para debaixo do ministério deles, em vez de, pelo ministério deles, servir as igrejas. Assim que são conduzidas para debaixo de algum ministério, as igrejas cessam de ser locais e passam a ser facciosas (...) Se o Senhor tardar a Sua vinda, e Seus servos permanecerem fiéis a Ele, Ele certamente levantará novos ministérios na Palavra." (p. 151-152)

E mais:

"Nas Escrituras, os obreiros formavam grupos, mas isso não implica que todos os apóstolos juntavam-se num só grupo e punham tudo sob um só controle central. Embora Paulo tivesse os que o acompanhavam, e Pedro tivesse seus companheiros, eles compreendiam somente alguns apóstolos, e não todos. A Palavra de Deus não nos mostra que todos os apóstolos deveriam formar um só grupo. (...) A explicação é esta: Deus não deseja que o poder da organização substitua o poder do Espírito Santo." (p. 168-169)

E por fim:

"Uma questão surge naturalmente: Como devem cooperar os obreiros e as associações da obra? A um grupo, Deus dá um tipo de ministério, e a outro, uma forma totalmente diferente de ministério". (p. 171)

Extraído do livro "A Vida Cristã Normal da Igreja", de Watchman Nee, edição de 2003
www.irmaosemsaogoncalo.com.br

27 de fevereiro de 2012

Não exigir que os outros sejam iguais a nós, mas respeitar o que fazem

Não devemos exigir que os outros sejam iguais a nós em tudo. Não devemos discutir a maneira como pregam, visitam as pessoas ou vivem. Mesmo que o modo como vivem não nos agrade, não podemos estabelecer padrões para eles nem estamos qualificados a julgá-los. Apenas o Senhor é o critério e o Juiz. Precisamos aprender a respeitar o que os outros fazem. Quando falamos em ser fervorosos, precisamos respeitar o silêncio dos outros; quando falamos em ser tranqüilos e nos unir ao Senhor, não devemos criticar os que estão ocupados. Se todos forem exatamente como nós, não existirá o Corpo. Haverá apenas um membro. Isso não é a igreja. Se todos fossem como nós, haveria apenas nós e não a igreja. A igreja é composta de várias pessoas. Isso pode ser comparado ao corpo humano com seus diferentes membros. As mãos se parecem mãos, o pé se parece o pé, os ouvidos se parecem os ouvidos e os olhos se parecem os olhos. Até mesmo o membro que aparenta ser o mais impróprio é necessário ao corpo. (A administração da igreja. Witness Lee)



26 de fevereiro de 2012

O QUE É A IGREJA?

A IGREJA NÃO É UM PRÉDIO OU UMA ORGANIZAÇÃO HUMANA, CRIADA POR HOMENS SEGUNDO AS SUAS TRADIÇÕES, MAS UM ORGANISMO VIVO NO QUAL ELE HABITA. A IGREJA PERTENCE AO SENHOR JESUS, COMO ELE MESMO DISSE EM MATEUS 16:18.
“TAMBÉM EU TE DIGO QUE TU ÉS PEDRO, E SOBRE ESSA PEDRA EU EDIFICAREI A MINHA IGREJA, E AS PORTAS DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO CONTRA ELA.”
OBSERVE QUE A IGREJA É DELE, A IGREJA NÃO PERTENCE A HOMENS, PERTENCE AO SENHOR. JESUS DISSE: “EU EDIFICAREI A MINHA IGREJA”. ESSA FRASE ESTÁ NO SINGULAR, ISSO QUER DIZER QUE HÁ UMA SÓ IGREJA.
A IGREJA É O CORPO DE CRISTO
EFÉSIOS 1:22,23. DIZ QUE ELE É O CABEÇA E QUE A IGREJA É SEU CORPO, LOGO, EXISTE UMA CABEÇA QUE GOVERNA O CORPO. O CORPO DE CRISTO É COMPOSTO DE TODOS AQUELES QUE FORAM REGENERADOS. O ÚNICO MEIO PARA ESTAR NO CORPO É POR MEIO DA REGENERAÇÃO. FOMOS BATIZADOS EM UM CORPO (1 CORÍNTIOS 12:12,13). ESSE CORPO COMO É ORGÂNICO VIVE EM UNIDADE (VER 14-27). HÁ MUITOS MEMBROS, MAS FORMAM UM SÓ CORPO EM CRISTO.











AS REUNIÕES DA IGREJA


EM ATOS 2:42 A IGREJA PERSERVERAVA EM TRÊS REUNIÕES IMPORTANTES:

REUNIÃO DE ENSINAMENTO: ESSAS REUNIÕES TÊM COMO FINALIDADE TRANSMITIR UM AMBIENTE SAUDÁVEL DE DESFRUTE ATRAVÉS DE MENSAGENS DADAS POR DOIS OU TRÊS IRMÃOS;

REUNIÃO DO PARTIR DO PÃO: SIGNIFICA COMER A CEIA EM MEMÓRIA DO SENHOR. ESSAS REUNIÕES PODEM SER FEITAS NAS CASAS OU LOCAIS MAIORES;

REUNIÃO DE ORAÇÕES: PODEM SER FEITAS NAS CASAS OU EM REUNIÕES GRANDES;

AS REUNIÕES DA IGREJA SÃO PARTICIPATIVAS: 1 CORÍNTIOS 14:26; COLOSSENSES 3:16; HEBREUS 10:24,25. ESSAS REUNIÕES ACONTECEM NAS CASAS DOS IRMÃOS (1 CORÍNTIOS 16:19; ATOS 20:20; ROMANOS 16:5; COLOSSENSES 4:15; FILEMON 1-2);

AS REUNIÕES GRANDES SÃO OCASIONAIS, QUANDO HÁ NESSECIDADE DE TRANSMITIR UM ENCARGO A TODA A IGREJA (ATOS 20:20).  

QUANDO HÁ MUTUALIDADE NO FALAR, TODA A IGREJA É EDIFICADA POR CADA UM DOS IRMÃOS. POR ISSO TEMOS AS REUNIÕES DE CASA EM CASA PARA QUE TODOS TENHAM OPRTUNIDADE DE FALAR UM APÓS O OUTRO (1 CORÍNTIOS 14:31). NESSAS REUNIÕES UM TEM TESTEMUNHO, OUTRO TEM UM TEXTO BÍBLICO ETC. O APÓSTOLO PAULO NOS ENSINA EM EFÉSIOS 5:18,19 A NOS ENCHER DO ESPÍRITO, FALANDO SALMOS,HINOS E CÂNTICOS ESPIRITUAIS ENTOANDO E LOUVANDO DE CORAÇÂO AO SENHOR.